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Corpo e Sangue

“Deveis vós mergulhar neste Mistério da Transubstanciação.

Eis o Meu Corpo Vivo! Comungueis. Eis o Meu Sangue”. (Jesus 20/08/2005).

"E o Verbo se fez Carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade;

e vimos a Sua Glória, como a Glória do Unigênito do Pai". (Jo 1, 14)

        Como na Apresentação do Menino Jesus no Templo, o sacerdote apresenta a Patena com a Hóstia do Sacrifício a Deus Pai (a grande para si e as pequenas para os fiéis), Com este gesto, ele se coloca juntamente com os fiéis, misticamente, na Patena, em oferecimento ao Pai Celestial. Pelas mãos do sacerdote, entregamos a Deus a nós mesmos, nossas vidas com suas fadigas e o esforço para agradá-Lo e serví-Lo, como também os dons que a terra produziu para servir ao homem e por meio deles honrar ao Seu Criador. No entanto, os dons ao serem colocados no Altar representam não somente a nossa oblação - e por meio dela a da criação -, mas destinam-se a fazerem parte do único e verdadeiro Sacrifício da Nova Aliança, do Sacrifício que Jesus outrora ofereceu, uma vez para sempre no Altar da Cruz. Porque é a nossa oblação que no momento Santo da Consagração, "para nós se vai tornar Pão da Vida", quando Jesus pelas palavras do sacerdote transformar os nossos dons no Seu próprio Corpo.

       Na linguagem simbólica da Igreja, na Liturgia da Santa Missa, a Patena se torna a Cruz do Senhor, na qual Jesus se deixa colocar para ser oferecido. Numa das hóstias pequenas, colocadas na Patena também estou como vítima, para, em holocausto, ser oferecido ao Pai.

       "Bendito seja Deus para sempre!" Como o nosso coração deveria se comover ao poder participar de tão grande Mistério. 

"Ó Maria, Virgem oferente, rogai por nós!"

         Jesus disse: "Eu Sou a Videira verdadeira..." (Jo 15, 1). O vinho produzido do fruto da videira é sinal para Cristo, para a Sua humanidade infinitamente santificada pela união inseparável com Sua natureza Divina.

        O vinho no Cálice prefigura sobremaneira o Seu Sangue Preciosíssimo, em que Ele na Santa Consagração, será transformado. Sangue não espremido da uva, mas do Seu Corpo Sagrado nas horas amargas da Sua Santa Paixão no lagar da Cruz. 

         Pelas mãos do sacerdote agora está sendo oferecido o Cálice sobre o Altar. O sacerdote reza; "Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo vinho que recebemos de Vossa Bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora Vos apresentamos e para nós vai tornar Vinho da Salvação"

          A água, porém, nos lembras das águas salvíficas do Santo Batismo: "Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3, 5). Pela gota de água colocada no Cálice está representada a nossa participação e a de toda a Igreja no Sacrifício de Jesus. A água é o sinal para o homem renascido para a vida nova, mas ainda em busca da transformação plena em Cristo e da plenitude da vida em Deus.

         Após ter colocado o vinho no Cálice, o sacerdote põe nele também uma gota d'água deixando-a cair no vinho e reza: "Pelo mistério desta água e desse vinho, possamos participar da Divindade o Vosso Filho, que Se dignou assumir nossa humanidade". Dessa maneira na preparação do Cálice é prefigurada aquela união íntima com Jesus, à qual Ele, pela participação no Mistério da Santa Missa nos quer levar: a gota d'água dissolve-se no vinho. O vinho assume totalmente a água, não pode mais ser separada. Tão perfeitamente Jesus nos aceita e quer nos unir Consigo, de tal modo, que o Pai Celeste nos aceita integralmente em Jesus, acolhendo-nos no Seu Amor Eterno. A que riqueza de graças e a que união sublime somos chamados, e isso por toda a eternidade.

          Assim como o vinho acolheu a gota de água, assim Jesus acolherá o nosso pequeno sacrifício no Seu Grande Sacrifício e fará da nossa pobre oferta e da oferta de todo o Seu Corpo Místico, Dom indizível e de Eterno Valor, bem aceito e todo agradável junto ao Seu Pai Celeste; oferecendo-Se Ele mesmo em nosso lugar e em união conosco, concedendo-nos de sermos por Ele oferecidos.

      Como a nossa vida pode tornar-se inimaginavelmente santificada, transformada e elevada na vivência profunda dos Santíssimos Mistérios da Santa Missa!

(Santa Missa Mistério da nossa fé - Pe. Francisco Rudroff, pág. 13 e 14).

“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeiramente uma comida e o Meu Sangue, verdadeiramente uma bebida.

Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”. (Jo 6, 53-56)

“Filhos Meus, não deveis apenas adorar-Me. Não deveis apenas comungar o Meu Corpo que dou para vós. Deveis vós mergulhar neste Mistério da Transubstanciação. Eu estou Presente entre vós e vós estais presentes em Mim. Deveis vós mergulhardes neste momento, neste Mistério Santo. Deveis estudar este momento, as Minhas Palavras, serão importantes para vós.

Eis o Meu Corpo Vivo! Comungueis. Eis o Meu Sangue”. (Jesus 20/08/2005).

"Eu sou o Pão da Vida..."

     «Quando Jesus Cristo manifestou o Seu intento de ficar conosco na Eucaristia, para ser nosso alimento espiritual, a nossa força e a nossa vida, os fariseus escandalizaram-se e não acreditaram. Mas, Jesus insistiu: ‘Eu sou o Pão da Vida… Se alguém comer deste Pão, viverá eternamente e o Pão que Eu hei de dar é a minha Carne pela vida do mundo… Se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis vida em vós’. (Jo 6, 48-53).

         Destas palavras, é claro, que, se não nos alimentarmos da Sagrada Comunhão, não teremos em nós a vida da graça, a vida sobrenatural, que depende da nossa união com Cristo, pela comunhão do Seu Corpo e do Seu Sangue. Para isto ficou Ele na Eucaristia; para ser nosso alimento espiritual, o nosso Pão de cada dia, que sustenta em nós a vida sobrenatural.

      Mas, para podermos nos alimentar deste Pão, precisamos estar na graça de Deus, como nos adverte São Paulo… Esta advertência do Apóstolo é para todos nós. Antes de nos aproximarmos da Mesa Eucarística, devemos examinar a própria consciência. Se encontrarmos em nós alguma culpa grave, é preciso primeiro nos purificar, confessando os nossos pecados no Sacramento da Penitência, com verdadeiro arrependimento e propósito de não voltar a pecar.

         Sem estas duas condições, a nossa confissão não produz todo o seu efeito, ainda que o sacerdote, em nome de Deus, nos absolva. Deus vê a nossa confissão e confirma o perdão, concedido em Seu nome pelo sacerdote, na medida em que vir no nosso coração o arrependimento de O ter ofendido e a resolução que tomarmos de não voltar mais a ofendê-Lo…

         Só depois de assim nos termos preparado, é que podemos receber o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, certos de que este Sacramento é para nós fonte de vida, de força e de graça, que nos torna agradáveis aos olhos do Pai, vendo em nós o seu Filho Unigênito, feito um só conosco, por essa união de plena e pessoal entrega D’Ele mesmo, a nós por amor.

       Vemos que Jesus Cristo nos assegura da Sua presença real, em Corpo e Alma, vivo como está no Céu, em todas as partes onde se encontra o Pão e o Vinho consagrados.

       Na Eucaristia está, sim vivo, porque pelo poder divino, ressuscitou para não mais morrer, e com o Pai e o Espírito Santo permanece para todo o sempre. Na verdade o Filho de Deus detém o poder sobre a morte e a vida…          Assim, Jesus Cristo ressuscitado é a nossa vida e a nossa ressurreição… É promessa D’Ele: “Eu sou o Pão da vida, o que vem a Mim jamais terá fome e o que acredita em Mim jamais terá sede… E a vontade de meu Pai é esta: que todo aquele que vê o meu Filho e acredita N’Ele, tenha a vida eterna… e eu ressuscitá-lo-ei no último dia”. (Jo 6, 35.40).

        Cristo, Presente nos nossos altares, não é só alimento e vida; é também vítima expiatória, que ali Se oferece ao Pai pelos nossos pecados. Na verdade a Santa Missa é a renovação incruenta do sacrifício da Cruz; é Cristo imolado como vítima pelos nossos pecados, sob as espécies do Pão e do Vinho. A Cruz, onde Ele deu a sua vida por nós, é a maior prova do seu amor e Ele quis, pelas suas próprias mãos, entregar a cada um de nós o memorial vivo dessa manifestação do Seu amor, instituindo a Eucaristia durante a Última Ceia».

         Eis a lição que nos transmitiu a Irmã Lúcia neste Ano da Eucaristia.

Padre Fernando Leite.

(Artigo publicado na edição da Voz da Fátima de Novembro 2004)

     "A Minha Igreja resumiu-se ao mínimo, são poucos os filhos que se dedicam à Minha Igreja. Ela foi toda desviada. Apagaram da memória dos Meus filhos a quinta-feira, a adoração Eucarística, a companhia tão agradável aos Sacrários que hoje estão vazios.

     O Meu Coração é profanado. Os Meus filhos brincam na distribuição do Meu Santo Corpo como coisa qualquer. É grande o desrespeito hoje, por isso choro Lágrimas de Sangue juntamente com a Minha querida Mãe, o Meu Coração Sangra juntamente com o Coração da Minha Mãe neste dia como dor profunda da incompreensão dos Meus filhos, da profanação, dos sacrilégios e das ofensas tão graves que levam os Meus filhos a perderem a salvação.

         É preciso acordar parte da Minha Igreja que dorme num sono profundo, foram hipnotizados por Meu inimigo, foram dopados, estão fora de si, perderam o rumo, é preciso um grande choque nos Meus filhos para que eles se encontrem novamente com o Meu Coração Eucarístico que é a porta, é a salvação vossa.

         Deixo-vos a bênção e também a paz: Pai, Filho e Espírito Santo.

        (Jesus nos disse que: “Para sermos o Corpo da Igreja que é o Seu próprio Corpo, a Hóstia Consagrada, a Sua Igreja Renovada e Transformada - é preciso conhecer toda verdade do Seu Corpo, tudo aquilo que Ele sofre e vive hoje pelos filhos da terra, pela Igreja militante". Creio que Ele quer nos mostrar mais fortemente as Suas dores). (Jesus 15/09/2005)

Eis filhos Meus, o Meu Corpo Santo para vos santificar. Passei pela Santa Cruz, vós também deveis passar pela Cruz, assim serão Comigo o Meu Corpo Santo, serão Comigo em unidade um amor perfeito.

Este é o Plano de Amor do Meu Pai, a grande unidade ao Santo Corpo, que é a Eucaristia.

Assim, a Minha Igreja deve estar unida ao Meu Corpo Santo e ser Ela o exemplo do Corpo Santo experimentado.

Assim deve ser a Minha Igreja, crucificada para ser transformada e assim assumir a santificação de serdes vós Hóstias vivas.

Eis para vós o Meu Corpo. Comungueis. Eis para vós o Meu Sangue.

Sejais também Comigo o Meu Sangue, para transformar toda a Minha Igreja, trazendo todos ao grande abraço da Cruz, onde reúno os Meus filhos para serem crucificados Comigo e entregarem vossas vidas para uma Nova Aliança. Foi o que Eu preparei para vós”. (Jesus 14/09/2005).

“Eis o Meu Corpo, eis o Meu Sangue vivo para vós. Recebei-O para vossa santificação.

Eis-Me Presente entre vós. 

Partilho convosco o Meu Corpo Santo, o Meu Coração Eucarístico, para que sejais vós partes D’Ele.

Partilho convosco o Meu Sangue, para que vós sejais, também, partes do Meu Sangue vivo.

Vossas vidas se misturam com a Minha, vossa humanidade se mistura com a Minha Divindade, que vos torna santos.

Eis o Meu Corpo tão ferido, tão maltratado, eis o Meu Coração tão rejeitado. Amai-Me, neste momento, com profundo amor. Comungai filhos Meus, dou o Meu Coração para vós...

Dou-vos a Minha paz. A Minha Presença permanecerá eternamente entre vós.

Sois templo santo do Meu Corpo Santo, porque recebestes o Meu Corpo Santo. 

Zelai por Mim! Amai-Me sempre”.  (Jesus 18/11/2005)

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Comunhão

“Hoje a minha alma está se preparando para a Santa Comunhão como para um banquete nupcial, em que todos os participantes desse banquete resplandecem de beleza indizível. Também eu fui convidada para esse banquete, porém não vejo em mim essa beleza, mas sim um abismo de miséria. E embora não me sinta digna de sentar-me à mesa, no entanto eu me introduzirei debaixo da mesa e aos pés de Jesus mendigarei ao menos as migalhas que caem debaixo da mesa...”

“...de manhã, quando o Padre Capelão me trouxe a Comunhão, tive que me dominar com um esforço de vontade para não gritar em voz alta: ”Saúdo-vos, verdadeiro, único Amigo. A Santa Comunhão me dá forças para os sofrimentos e a luta...”.

“Após a Santa Comunhão senti em meu próprio coração as batidas do Coração de Jesus. Embora há muito eu tenha a consciência de que a Santa Comunhão dura em mim até a comunhão seguinte, hoje o dia todo estou adorando a Jesus em Meu coração e pedindo-lhe que com a Sua graça defenda as criancinhas do mal que as ameaça... ”

“Mas quero dizer-te que essa vida eterna deve iniciar-se já aqui na terra pela Santa Comunhão. Cada Comunhão te torna mais capaz de conviver por toda a eternidade com Deus”.

“Hoje quero unir-me com Jesus na Santa comunhão o mais estreitamente possível, pelo amor. Tão ardentemente desejo a Deus que me parece que não serei capaz de esperar pelo momento em que o sacerdote me dará a Santa Comunhão. A minha alma como que desfalece por Deus. Quando o recebi em meu coração, rasgou-se o véu da fé. Vi a Jesus, que me disse: “Minha filha, o teu amor Me gratifica pela frieza de muitas almas”. Após essas palavras fiquei sozinha, mas vivi o dia todo com um ato de reparação”.

“Os Anjos, se pudessem invejar, nos invejariam duas coisas: a primeira é a recepção da Santa Comunhão; a segunda, o sofrimento”.

“Quando recebi a Jesus na Santa Comunhão, o meu coração exclamou com toda a força: Jesus, transformai-me numa outra hóstia. Quero ser uma hóstia viva para Vós. Vós, Senhor, sois grande e poderoso, Vós podeis conceder-me essa graça. E respondeu-me o Senhor: “és uma hóstia viva, agradável ao Pai Celestial, mas medita – o que é uma hóstia-sacrifício, e então?

Ó meu Jesus, compreendo o significado da hóstia, compreendo o significado do sacrifício. Quero ser diante da Vossa Majestade uma hóstia viva, isto é, um sacrifício vivo, que arde diariamente em Vossa honra.

Quando minhas forças começarem a enfraquecer, eis que a Santa Comunhão me sustentará e me dará forças. Realmente, tenho medo do dia que tiver que passar sem a Santa Comunhão. A minha alma tira uma força admirável da Santa Comunhão”.

Diário de Santa Faustina 1826

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